Seven X Lucius  Tenebraegif


Seven X Lucius  Tenebraegif

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Regras

+Não terá tempo limite para cada post. Porem ambas as partes devem levar o bom senso e turnar o mais rápido possível. Pois dará uma fluidez no jogo.


+Respeite o tempo adversário, não tente fazer milhares de ações num curto período.


+Respeite o ambiente e mencione onde o personagem esta em todos turnos, seja claro.

+Nada de esquivas o tempo todo, seremos coerentes, nada é indestrutível ou inatingível.

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CITAÇÃO
Quanto custa o verdadeiro amor?.
Quanto custa para trazer de volta aquilo que nenhum deus poderia ter?.
O que o mundo, os guerreiros, os reinos, os reis, os tiranos, esperariam de mim?.
Meus adversários e meus "aliados", todos eles tem um passado dotado de glória.
Se sofreram para vencer. Venceram porque simplesmente eram nascidos de berço esplêndido.
Me pergunto todas noites, todas as noites frias,inquietantes em que passei em Frozen. Será que todos eles entendem o real valor da terra?. [...]

Era chegada à hora, só mais uma vez, uma tentativa, um suspiro, o ultimo toque.
A doce e amada esposa que espera o velho e cansado guerreiro retornar de sua jornada.
Desbravaste varias terras, vários reinos, vários corações.
Tua casa lhe espera, tua alma reside pura, tuas ações desferirão o mais intenso do seu poder. Deixa tua destra guiar teus instintos.
Nada lhe adianta proferir. Nada lhe adianta recuar. Nada lhe adianta subjugar os inimigos. Deixa tua natureza dar-lhe a visão aguçada.
Deixa a duvida guardada em teu interior sendo ela o teu escudo contra o tirano.
Já é chegada à hora urso de Frozen, já chega de delirar, chega de perder-se no seu emaranhado de pensamentos. [...]


PRÓLOGO

Inverno tempestuoso aflorava com fulgor.
A lareira ajudava a esquentar a velha cabana, si bem que vivera boa parte da vida sob o frio estridente em Tundra.O frio esquentava meu coração e abraçava a minha alma de paladino. O uísque descia amargamente, os livros já não tem o mesmo sabor. O frisson do piano a tocar presidindo maravilhosamente o teatro chamado vida. As horas iam se passando, levando consigo minhas lembranças e minha sanidade.Quando me pego pensando em tudo que deixei e tudo que perdi.Não pude acompanhar o crescimento da minha única filha.Ela era o elo entre a minha natureza e o sentimento que florescera. As janelas da velha cabana estavam embaçadas devido à neve que caia no
lado de fora, o calor no interior do ressinto aconchegava-o apesar da
melancolia imperar naquele dia de infortúnios.

- Diga-me que ainda mantém a chama por batalhas. Diga-me que ainda mantém viva a chama do poder que era o motivo por ainda estarmos vivos e firmes no caminho da vitória.

A voz do homem era quase despercebida.
O tom rouco, porém serena, despreocupada, fadigada.
A quem se referia? A quem endereçava tais palavras?
Ela surgia por dentro da penumbra. Nascida do breu infindável.
Toda sua impetuosidade escrita em cada curva do seu corpo.
Os cabelos ruivos contrastados com as chamas da lareira
A pele alva como a neve. O vestido longo na cor bordô feito em cetim que lhe caia muito bem. Seu corpo esguio, porém com traços finos, esculpidos a mão.
Devo admitir que realizei um bom trabalho, ou melhor, minha imaginação fez com o espectro fosse e se apresenta-se daquela maneira. Nunca escondi meu gosto pelas mulheres. Seus pés estavam descalços, tocando sutilmente o piso de madeira. Ela
era como um leopardo, sorrateiro, aproximando-se da vitima. Seu andar era belo, cheio de formosura, uma estranha dançarina de ballet.
O ritual antes das lutas permanecia intacto após tantos anos. Seus olhos negros encaravam os meus, enquanto seu belo corpo aconchegava-se por cima do meu.
Lentamente soltava as alças de seu vestido fino, deixando-o cair sob os pés da lareira.
Enquanto ela retirava o copo raso cheio de uísque, repousando-o em cima da mesa à esquerda de onde estávamos. As sombras pintadas nas paredes da sala.
Esgueirava minha destra até seus lábios finos, o polegar circundava uma das extremidades da região macia. Ela permanecia em silencio, ela preferia o silencio em ocasiões como essa.
Não havia expressão alguma por parte dela, mas um leve espasmo sob os lábios revelava que estava gostando da caricia.
Ela esboçava contrariedade a tudo, principalmente quanto à “morte”.
Sendo ela um “espectro”, perder a “vida” parecia impossível. Suas mãos
delicadas lentamente tocavam-no os cabelos brancos, fios finos e
frágeis.
O gesto singelo revelava um sentimento que se mantinha puro ao
longo dos anos.O lapso de um sonhador que outrora nem esboço desenhava.
Chegou o momento de pintar com tinta de cor bordô. O teatro já estava
pronto, a plateia estava a chegar, os atores estavam se aprontando.
O anfitrião pressionava o “play”, O efeito sonoro lentamente subtraia o ambiente, o piano, o violino... Ah que extasia.






- Nos aproximamos de um novo embate Sophia. Pode ser que a morte nos abrace.


EPILOGO
- A caminhada é longa até frozen.

Noite passada me entorpeceu.
Devo estar entorpecido ainda. Não são nem 6 horas da manhã, o sol nem apareceu e ela já esta me tirando da cama.
Há muito tempo não me sentia tão cansado.
Não que eu não gostasse de ser acordado por uma “gostosa” em cima de mim e com seus peitos na minha cara.
Ela tenta me animar antes das lutas, mas ela sabe que não terá nada de divertido.
Enfim, após retira-la de cima de mim, tratava de ao menos tomar um banho.
Tinha alguns dias que não ficava em baixo do chuveiro, relaxar um pouco.
Alguns minutos depois, ela já estava esperando na porta de saída.
A calça de couro curtido e botas de mesmo material.
Os trajava menos o ponche que não serviria de nada.
Afinal, teria de retira-lo mais tarde, então seguiria para a planície de Frozen, pronto para luta.
O sol aparecia ao longo do caminho, eram horas até o local do encontro.
O frio chegava a menos quinze graus, os fracos raios de luz banhavam toda a planície.
Não existia absolutamente nada.
O branco eterno era o único observador e redentor naquele embate.
O vento uivava, esvoaçando os fios brancos do Paladino.
Ela o acompanhara, tocava o lado direito da face do homem, lentamente sumindo, desfragmentando-se,
os fragmentos colavam-se no peitoral do esguio,
adentrando em seu corpo até sumir, sem deixar nenhum vestígio.
A neve fofa debaixo dos pés causava uma sensação agradável.
Já estava quase tudo pronto, as cortinas iam se abrindo, a plateia atenta ao que estaria por vir.
Ao longe podia ser avistada a silhueta do homem cujo nome era Lucius.
Não havia tempo a perder. Não havia tempo.
A destra de Seven desvencilhava-se do frio extremo, circundado o próprio abdome, marcado por uma grande e asquerosa cicatriz que tinha extensão de um ao outro extremo da região. Uma costura selava a boca, mas a costura lentamente era retirada pela destra do esguio, ponto a ponto até que finalmente os lábios eram libertados. Um grande bocejo, os dentes grandes e afiados como os de um tubarão branco. A língua úmida lambiscava os próprios lábios até caírem no chão branco, parecia uma serpente enrolando-se devido ao tamanho extenso. Seven mantinha-se inerte, fitando vir do horizonte o seu algoz. A espera pelos próximos atos. Os poucos dizeres.
Somente a paciência lhe restava.









Seven
Davi Moreira Sampaio
©Copyright 2013.

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Prólogo
Horas antes - Madrugada


O doce som das teclas do piano ressoava por todo o ambiente aconchegante, em estilo medieval.
Um violino acompanhava a melodia quase fúnebre, um réquiem aos vivos e aos mortos. Seu réquiem particular.
Olhos azuis intensamente vidrados na atividade e dedos ágeis iam suavemente criando a música.
Os cabelos negros caíam no rosto e escorriam soltos até o chão, já que estava sentado.
Ao seu lado, uma cópia idêntica, de vastos cabelos louros, elegantemente cortados pouco acima da cintura e com cachos feitos com o esmero que jamais teria.
E caíam-lhe pelos ombros de forma perfeita. Tinham mesmo rosto, o mesmo corpo, os mesmos olhos, a mesma tez pálida, a mesma forma de sorrir, o mesmo olhar melancólico.
Estava de e olhos fechados e fazia movimentos suaves no violino dourado que jazia sobre o ombro.
A roupa era rigorosamente formal, um smoking branco com um colete, cintos e sapatos da mesma cor. As fivelas, botões e o relógio pendurado no colete eram dourados. Parecia um anjo.
Lucius sentia vontade de rir ao se imaginar com vestes tão vistosas e alegres.
O contrate entre suas roupas sombrias com as dele deixava bem claro o que os diferenciava.
Estavam conversando-se, despedindo com carinho um do outro e deixando claro o quanto o elo que tinham era especial.
Elevou seus olhos até a criatura e sorriu.
Ele ainda era o melhor violista que já conhecera seu irmão mais velho, seu gêmeo, seu oposto, a única "família" que sobrara, já que os descentes que tinham nem sequer lembravam seus nomes.
Terminaram a música em uma nota longa e a sustentaram quanto tempo puderam e então o silêncio caiu.

Um homem de longas túnicas marrons e um capuz que lhe encobria a face adentrou aquele lugar requintado e tocou o ombro do moreno com suas mãos frias. Os cabelos brancos escapavam um pouco e ajudavam a esconder seu rosto. Lucius não ousou olhar para seu adorado irmão para se despedir.
Não suportaria, não queria se virar e dizer "adeus". Não haveria um adeus. Mesmo que jamais se vissem novamente, jamais diria o mesmo adeus que dissera à Nádia e se arrependia até hoje.

-Até breve, Leo.

Ouviu apenas um som abafado e novamente a despedida do violino, então sorriu.
Mais alguns passos a frente estava o velho homem e seu servo. Sabia que aquele velho era cego, era seu mestre e pai, o homem que criara a si e Leonard e os deixara daquele jeito, mas sabia também que ele o estava analisando. Claramente, nada foi dito. O silêncio antes dos embates era quase ritualístico entre todos. Por vezes, seu lorde aparecia para lhe dar as condecorações dignas de um cavaleiro. A maioria das vezes, não.
Saiu ao extenso jardim daquele ser, cheio de estátuas frígidas e de uma beleza aterradora. Jurou que sentia frio sob a roupa de veludo na cor vinho, que se arrastava pelo chão, aberta no peitoral e revelando sua nudez. Deixou-se guiar por entre monumentos conhecidos, sua mãe, seu pai, seus tios, sobrinhos, amigos, os padres bondosos que cuidaram de si, o castelo medieval no qual passara a infância, suas belas amantes, seus amores tão queridos...
A bela Nádia com seu vestido comprido, os seios fartos querendo rasgar o espartilho, o rosto delicado, os cabelos louros soltos...
Tão bela quanto se lembrava dela. Desejou quebrar o silêncio e questionar ao velho Mestre, mas não o fez.
Próximo a uma estrada escura havia uma muda de roupas que tivera preguiça de vestir após o banho do cair da tarde, quando despertara. Vestiu-se ali mesmo, pudor não era algo que afetava seu velho, chegou a rir baixinho ao ver-se novamente com sua velha indumentária.
Não tardou a seu cavalo alcançá-los e montou nele, desferindo um olhar a seu acompanhante.

-Chegarei até lá?

-Mas é claro. Da mesma forma que todos os caminhos acabam aqui, os que saem daqui lhe guiarão a seu destino.

Pensou em respondê-lo, mas acabou por calar-se. Passara o dia em sua terra natal, Valáquia. Fora beber, conhecer pessoas das quais não se lembraria, rir, conversar coisas fúteis, relembrar o tempo em que corria por aquelas terras com seu irmão e espadas de madeira em riste, imitando nobres cavaleiros, fingindo lutas... Ainda tinham o cabelo curto, podia sentir o cheiro pútrido das valas e fossas, o suor dos corpos roliços e fortes.
Podia ver o sorriso complacente da mãe que lhes dizia para deixar os fios do cabelo soltos na adolescência durante as breves visitas duas vezes ao ano, via o sangue, o horror, a guerra, a Peste, a morte. E então, o despertar. O horror de reerguer-se daquela sepultura fétida, os corpos apodrecendo a seu lado, o gosto de terra na boca, a sujeira, o desespero, a dor, fraqueza... A sede. Não era sede de sangue, nunca foi pelo sangue em si, era muito mais que isso.
Saiu dos devaneios de forma abrupta e decidiu voltar ao Jardim, a mente ainda em torpor.

Onde estaria a irmã mais nova? O que teria sido da impetuosa ruiva Ember, a menina que ele próprio havia transformado em monstro? Aquela flor que tanto cuidava, sua pequena tão amada...
Estaria ela viva, por mais irônico que fosse a expressão, ainda? Perguntas demais, respostas de menos.
Resignava-se, ainda era uma forma de continuar a sobreviver, não era?
Sorriu e bateu o estribo no flanco de seu animal. Seu cabelo esvoaçou como asas negras. Agora não havia traço de cor alguma em seu traje, apenas o luto. Roupas finas, de tecido ajustado ao corpo esguio. Calças de lã, coturnos que iam até a coxa, camisa de gola alta e manga comprida feita em algodão, um cinto de couro com uma fivela que portava um brasão dourado, tudo encoberto por um longo sobretudo feito com um couro bastante forte, liso e reluzente que deveria arrastar-se no chão e estava completamente fechado até a cintura, o capuz caído.
Não usava os costumeiros adornos, não havia nenhum vestígio de sua natural afetação por uma beleza idealizada que jamais o satisfazia. Ali ele era apenas um sacrifício.

Queria sentir novamente os braços de sua amada esposa envolvendo-lhe os ombros, cantando baixinho alguma música da terra nórdica a qual ela pertencia.
Queria ouvi-la falando de seus deuses, queria que ela pudesse ter concebido sua criança.
Queria com um ardor terrível que ela jamais tivesse sido tragada pelo odioso Mestre que era desprovido de sentimentos.
Nádia, a mulher dentre tantas, a única que lhe fizera cair de joelhos, que lhe fizera abandonar as amantes e jurar jamais amar a outra. Nunca haveria outra para si, apenas ela.
E agora... Havia o frio cortante que dava corpo a seu destino logo à frente.
A noite não tardaria a terminar, havia apenas três horas.

Epílogo


Dor. Essa deveria ser a primeira sensação dos mortos-vivos ao sentir os primeiros raios do sol na pele.
A deliciosa ardência que trazia a destruição para todas aquelas crias satânicas que sugavam o sangue e a vida alheia.
Mas o sol não me afetava, afetou apenas nos primeiros anos, claro.
Agora não, sou completamente imune a sua luz, mesmo que eu prefira me recolher durante o dia e viver como criatura noturna. Sempre preferi a noite e a escuridão, desde pequenino, enquanto meu irmão recriminava. Meus pais diziam que isso não era o correto para um padre, como eu almejava ser um sacerdote divino se era muito mais atraído pela noite e seus mistérios?

Agora eu sou o que sempre desejei ter.
E não importa mais nada. Apenas a neve fofa sob os cascos de Paladino, a planície branca, vasta e reflexiva ao ponto de machucar minhas vistas acostumadas a lugares escuros. Pisquei várias vezes até me acostumar com a alvura e a beleza estonteante, sentindo-me um invasor profano que apenas viera para macular e destruir.
Respirei fundo, mesmo sem precisar, e apreciei o frio que cortou minhas entranhas de um modo tão perfeito que se tornou quase um calor cheio de alento. Quase.
Não haveria alento para mim tão cedo.

Observei que o caminho de meu mestre estava chegando ao fim e a ilusão que ele criara para guiar-me começava a desaparecer.
Com ela, Nádia. Ela viera junto a mim em seu corcel branco, velando-me com seu silêncio e seus olhos verdes indignados.
Nunca havia gostado de minhas lutas a minha esposa.
Entendia que eu precisava ir, mas jamais aprovou. Não queria ver-me ferido, não queria ver a única verdade e se recusava a beber meu sangue, por mais que ela o desejasse.
E agora ela era apenas um vulto que me acompanhara em silêncio e esvanecia-se com lágrimas de sangue nos olhos, dizendo-me aos prantos o que sempre dizia.

-Não vá, Lucius. Não me deixe sozinha, meu amor... Não vá, por favor, não vá...

Automaticamente ouvi minha voz respondendo tolamente a ilusão, a mesma resposta que lhe dei quando nos vimos pela última vez.

-É tarde para desistir, minha bela. Sempre foi tarde.

-Pare com essas tolices, Lucius! Por Odin, homem, volte para sua casa, estou grávida com sua criança!

E nem assim eu saí da soleira da porta para abraçá-la. Não a beijei, não a toquei, não fiz nada a não ser dar-lhe as costas enquanto suas lágrimas carmesins manchavam o chão de madeira. E agora, a neve tão branca. Dessa vez não lhe disse o seco ‘adeus’.

-Estaremos juntos em breve, meu amor. Espere por mim nos portões negros de nosso reino... Não tardará...

-Tarda sim, Lucius. Tu mentes para mim... Não há ‘nosso’ reino... Nunca houve nada para ti, ingrato... Por que não para de se enganar?!

-Nunca menti. Novamente enfrentarei a morte como sempre fiz. Se for desejo dela receber-me em seus braços, assim será. E estarei junto a ti, doce ilusão amada.


E novamente fui covarde e não a olhei enquanto sua imagem formosa desaparecia junto com os gritos de meu passado. Bom covarde que sou. Sempre escolhendo uma maneira dramática de fugir.
Ela estava certa, afinal de contas. Eu nunca vou ver portão algum.
Estou apenas esperando o réquiem perfeito que me fará desaparecer.
Novamente eu farei meu próprio cortejo fúnebre.
Ali ao longe não é Seven? Sim, o próprio. Em meio a esta planície tão bela e fria não seria fácil se esconder e eu duvidava que ele tivesse motivos para isso.
Meu amado Paladino parecia irritado e fazia menção de avançar alucinadamente, seus olhos estavam quase em chamas...

Desci sem pestanejar, mesmo com ele em movimento e passei a puxá-lo pelas rédeas com certa força quando ele se tornou arredio. Forcei para que se mantivesse normal e o acalmei com carícias e palavras doces.
Tão sensível era meu adorado corcel, mas também, como não ser? Apesar de tudo, ele era bom.
Não importando a função podre que lhe fora dada e o fato de seu dono original ter desaparecido novamente.
Ele havia se achegado a mim alvo como aquela neve.
Deixou meu toque transformá-lo em negro e agora até mesmo sua crina era da cor de carvão, exceto seus olhos. Normalmente eles seriam verdes, mas agora queimavam com um fogo branco e sua cor negra tornava-se cinza conforme eu caminhava até o homem que me esperava, atrás de mim, a luz do dia trazia sua claridade. Em breve Paladino voltaria a ser como a neve, o que significa apenas uma coisa. Eu não poderia mandá-lo de volta.

Meus passos firmes deixaram suas marcas por várias horas até que restasse pouca distância que me separasse de meu destino, já era dia e o sol havia se erguido timidamente, iluminando cada vez mais aquele mar de cristal nas primeiras horas da manhã.
Não havia medo em mim, tampouco receio. Sei que estava sendo extremamente covarde, sempre fui covarde e nunca me orgulhei.
Nunca me perdoei. Talvez seja o remorso a preencher meu coração, que há muito não mais bate.
A letargia comum a mim antes de um embate novamente tomava força e retirava minha consciência de mim mesmo enquanto eu observava o ser que estava ali.
Notei, então, que não sentia mais o frio, meu corpo estava absorvendo a temperatura para dentro de si e cogitei que eu mesmo deveria estar muito mais frio do que nunca estive antes.
Não creio que algum de meus amores gostaria de me tocar agora, acho que eles morreriam de hipotermia.
Eu, que sempre fui frio, o menino que nascera nas terras gélidas do norte e vivera em um mosteiro inglês em uma montanha gelada...

Senti-me um iceberg vivo. A sensação encheu-me com um deleite sobrenatural, familiar e sorri cortês para o homem que viera.
Reverenciei-lhe com educação, levando minha destra sobre o coração e abaixei, soltando as rédeas de Paladino.
Meus cabelos tocaram o chão junto com meu olhar pelos segundos necessários para o cumprimento e, quando me ergui novamente, deixei-me analisá-lo, resignado e pouco curioso, o mero interesse de um condenado para dar a seu algoz um rosto.
Por fim, respeitosamente permiti que minha voz aveludada soasse baixa, apenas suficientemente audível para que ele ouvisse sem problemas.
Minha quietude era incomum, não costumo gostar de ficar calado e é raro não ter palavras.
Mas sentia minha mente se esvair das alegrias mundanas que eu tanto amava. Pisquei rapidamente.

-Peço que perdoe minha demora, Paladino tornou-se arredio e obrigou-me a caminhar. – Comentei mantendo o sorriso de outrora. – Tenha a gentileza de fazer as honras, visto que palavras sejam desnecessárias nesta situação. Assim como apresentações, a menos que seja de seu desejo.

E recolhi-me novamente ao silêncio. Não havia nada mais sábio a se fazer no momento.
Apenas afastei o cavalo de mim um pouco, para que não interferisse tão cedo e observei-o de esguelha enquanto desaparecia. Sentia ainda sua presença, mas não mais era possível vê-lo.
Novamente a frieza impenetrável, a letargia crescente, abstração de quem eu deveria ser e o conhecimento de quem eu era. Meu Lorde havia permitido que o selo oscilasse, ele me assistia.
Iria se torturar e permitir que eu me tornasse o que sempre condenou. Seu silêncio deveria me acompanhar junto com a sabedoria eloquente que apenas fazia-se presente em mim naqueles momentos.
Senti certa dormência agradável e um entorpecimento causado pelo frio que eu não parava de absorver. Fiz uma prece silenciosa a meus deuses mortos e a meu Lorde e esperei. Alguma vez já me senti tão calmo assim?

Ah... Como é doce a ansiedade.
Como é maravilhoso não ter consciência de si.
Como é perfeito perceber que seu orgulho está esvaindo-se por seus dedos...
E que a consciência que era sua já não mais lhe pertence. Mas nunca me pertenci, não é mesmo?
Nunca tive razão para temer a destruição ou oponentes mais fortes. O pior que eles podiam fazer era apagar minha existência... Mas e daí?
O que vale é os momentos que precedem o fim, a doçura selvagem e o fervor do embate.
Afinal, era o dever de um padre, devotar sua vida, sua existência e sua alma a seu senhor, não?
Eu sempre fui um bom sacerdote.
Que venha a Tempestade. Que venha a Morte. Que venham meus fantasmas.
Que tenha início essa sinfonia da destruição... Enfim...
Que comece!

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A história jamais será esquecida. Ouvi uma vez a seguinte frase: “Os feitos de cada um ecoará pela eternidade.”. Existem diferenças monstruosas entre um guerreiro com causa e um guerreiro sem causa. Sim, nesse cenário inóspito lapidado pela natureza, residem dois desafortunados completamente distintos. Mas a história acabou de uni-los. São tudo o que restou. Tornaram-se irmãos, companheiros que partilharam das mesmas desventuras. Já estava esquecendo a diferença entre um e o outro. Lucius provavelmente teve uma vida pomposa, se levar em consideração sua postura. A minha não foi ruim e também não há pesar nenhuma nela. Um belo garanhão e uma bela mulher. A combinação esta um pouco fora do costumeiro. O frio intenso, aconchegante, confortante, acolhedor. Não devo limitar-me a matar um homem. O reino desse homem deve cair. A família desse homem deve cair. O estandarte desse homem deve cair. O motivo é claro, óbvio, translucido. A natureza necessita de sangue. Mantinha-me atento a movimentação do homem e sua suposta esposa. Aos poucos a silhueta se desfazia e enfim sua identidade era revelada. Os efeitos do frio eram inócuos, não havia ambiente melhor para morrer. Assim que o pomposo Lucius apresentava-se, seguido de uma breve referencia, o ressoar dos sinos davam inicio ao fim. A língua que saia da boca do “estomago” recolhia-se lentamente, até a boca se fechar e somente os dentes serrilhados ficam a mostra. Não precisava ter pressa, Antes de anoitecer tudo estaria terminado. Precisava da luz, precisava da neve, precisava do frio. Meu tempo era curto e meu poder era limitado. Instintivamente meus passos guiar-me-iam ate onde ele estava. Lentamente os passos eram marcados sobre a neve fofa. Eram mais ou menos trinta ou até sessenta passos até o homem. Minha cabeça trabalhava em algo, como todo artista preciso inovar sem perder a classe. Tenho total certeza de acontecerá nomino três coisas. Sendo duas delas inevitáveis e uma mutável. A primeira será a morte. A segunda a vida. A terceira o caos eterno. A única vantagem abissal entre Lucius e eu, é de que nasci do caos. Alimento-me do caos. Vivo do caos. Restavam pouco mais de trinta passos. A energia começava a fluir sem restrição alguma. Devido a tanta luminosidade era possível observar os pequenos flocos negros saírem do meu corpo. Começavam a pigmentar todo o meu dorso, passando para as pernas, até os pés. Inicialmente pareciam flocos “inertes”, alocando-se em cada centímetro quadrado de extensão do meu corpo, formando uma camada negra sobre a pele. Mais alguns segundos um som agudo perceptível ecoava sorrateiramente. Esse som incomum era produzido pelos flocos que começavam a vibrar intensamente. A vibração causava um choque entre todos os “flocos”, gerando um “superaquecimento” entre elas com isso as estruturas entravam em “chamas”. As chamas enegrecidas não lhe causavam nenhum efeito colateral como de teorização dos tecidos, músculos e ossos. Na medida em que avançava pelo campo, as chamas espalhavam-se pelo solo, expandindo-se gradativamente até cobrir a camada branca de neve com uma fina camada negra.

NOTA: “Levará entre quatro á dez turnos para que o campo seja totalmente tomado pela forma de energia utilizada por Seven. Devo acrescentar que se trata de uma pequena porcentagem que não tem fim de absorver a estrutura do campo. A energia se manifestará com objetivo de coligar-se ao campo. Levando em consideração medidas hipotéticas, a energia anexará cerca de 60m² a cada 3.5 minutos. O processo se encerrará quando chegar ao limitante de 270º distantes do perímetro entre Seven e Lucius. Reforço que a energia utilizada por Seven, NÃO terá contato algum com Lucius. Ao longo dos turnos irei explicar detalhadamente os feitos da ATIVA & PASSIVA da energia espectral."

- Meu caro L-U-C-I-U-S.

Meus passos cessavam. Respirava fundo, sentindo o fresco do ambiente gélido. A voz soava rouca, serena, despreocupada. De seus olhos saiam às chamas negras que o envolviam inteiramente. O som incomum da expansão da camada negra sobre o branco infindável do terreno. As orbes fitavam Lucius, vislumbrando que estaria por vir. Qual seria seu movimento? Sendo que observava o que estaria por vir.
Tudo seria construido com cautela. Lapidado a mão, lapidado pelo verdadeiro artista. Sem mais delongas, o movimento feito pela energia cessava, assim que a distancia entre ambos os seres era irrisória.

- Sou a única coisa que restou para você. Sou o ultimo amigo que terá. Prova de que estou dizendo a verdade, você iniciará a dança da morte Lucius. Vislumbre o que te espera. Vislumbre a arte em que você fará parte.

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“Quando todo o mundo estiver reunido para o banquete final... Haverá quem acreditará em mim?”

Fazia tempos que eu não pensava no que, diabos, eu era. Aquele não era o momento mais propício para epifanias, mas somente em momentos como aquele, no qual a face da morte mostrava-se para mim, eu era capaz de conjecturar sobre quem eu acabara me tornando.
Havia em mim, apenas naquele momento, o temor do esquecimento, o turbilhão incômodo de pensamentos, filosofias, compreensões inúteis que nada me ajudariam realmente no que viria. Mas acalmavam meu ser de forma prática.
Deixei que meu silêncio permanecesse a guiar minhas atitudes, contradigo-me tanto com as palavras que vêm à minha mente que me sinto um perfeito estranho a mim mesmo, uma certeza digladiava-se com uma dúvida estúpida e desnecessária que exterminei em alguns segundos.
Talvez muitos rejeitem a ideia de Destino, pois esta pode lhe soar hipócrita, uma fuga prática de problemas ou justificativa tola de um caminho que pode ser mudado sim. Mas eu acredito que haja um Destino por aí, não por que sou ‘favorecido’ ou deixo de ser, mas sim por que minha vida tornara-se tão irônica que a vontade era de explodir em risos como um louco assim que minha letargia passasse. Mas eu jamais seria capaz, não?
Cogitei, por alguns momentos, se ali era meu destino. Fosse como fosse, eu deveria estar ali ou jamais aprenderia o que havia para aprender.
A expansão daquela camada negra formava um contraste tão belo e surreal com o branco puro e gélido que me perdi por vários segundos antes de ouvir a voz rouca do paladino entoada para mim novamente.
Meu corpo permanecia em sua absorção do frio daquele lugar como se jamais tivesse um fim dentro de mim.
Meu Lorde havia abdicado seu controle sobre mim, o selo feito há eras passadas fora quebrado por sua vontade. Ele sabia que jamais poderia refazê-lo quando o quebrasse e agora havia me dado a liberdade que tanto almejei.
Livre de suas garras, mas para cair em ciladas maiores. Se havia alguém para odiar e renegar Destino, decerto só podia ser eu. Mas eu sabia que estava sendo presunçoso, não pude evitar o sorriso cínico que se formou em meus lábios ao sentir o poder que me prendia. Aquele poder aberrante, sendo retirado para jamais retornar.
Mas ele havia escolhido a pior hora para fazer isso, eu estava em posição demasiado complicada para conter a explosão que se fez em algum lugar de mim. Agora havia apenas aquele poder que não me pertencia... E meu próprio poder revolto e incontrolável.
Seven, enquanto criava seu campo de energia negra e se aproximava mais de mim jamais poderia ter ideia, nem sequer a mais ínfima, do quão complicado fora dominar tudo o que jazia adormecido em questão de poucos segundos, impedindo uma explosão daquela matéria negra que jazia em mim.
Porém, ao que aquilo assentou e reconheceu-me foi o momento para atacar. Meus olhos foram tomados por uma substância negra que corrompeu todo o globo e tomou até mesmo a íris e pupila de uma forma ligeiramente aberrante. Minha visão mantinha-se intacta, até mesmo melhorada, pois podia observar cada mínimo movimento do espectro que estava a minha frente.
Sem delongas, tomei posse completamente daquele poder destrutivo que sempre me fora negado e o conjurei à mão destra, na qual ele tomou forma de uma lança de duas lâminas, negra, que irradiava um tipo de energia frívola e destruía tudo que tocava, absorvendo para si suas energias e essências. Aquela arma era muito diferente de minha costumeira adaga, especialmente por ser maior que eu mesmo, caso fosse posta na vertical e parecia ser mais pesada do que a arma leve que eu pensei que usaria o que me fez pensar que seria bastante complicado lidar com aquilo. Só então pensei o quão patético seria lutar contra uma existência como Seven usando uma adaga pequena e frágil. Senti vontade de rir descontraidamente com o pensamento, mas o fiz baixo. De meu corpo passou a emanar uma espécie de aura de profundas trevas, uma energia que jazia em espécie de fumaça dentro de mim e agora emanava e se espalhava a meu redor sem que eu realmente compreendesse o que estava havendo. Seven tinha muitas vantagens sobre mim. Talvez a maior que eu tivesse consciência seria o fato de ele saber seus poderes. E provavelmente muitas outras que não vieram à tona com o pouco contato que tivemos. Mas não importava, bastava que eu tivesse consciência e liberdade de ser o que eu era e isso me bastava. Alarguei um sorriso tão cordial e polido quando o primeiro para meu oponente e assenti com a cabeça rapidamente antes de respondê-lo e fitá-lo.

-Não duvido de suas palavras, caro... Que seja como queres. Guie-me para esta dança mortal e torne-me parte de uma obra de arte digna.

Não havia hesitação em minha voz aveludada e inexplicavelmente calma. Ainda havia em mim os traços de uma resignação passiva, porém, isso era apenas uma capa ao que eu invariavelmente sabia.
Minha lança estremeceu e impeliu-me a lançar contra Seven um ataque violento e inusitado, completamente diferente de meu pleno inicial, já que tudo ao redor de minha arma parecia estar se destruindo em colisões invisíveis. Proteger o espaço em si e manter aquela arma insana contida era um verdadeiro desafio e acabei por desistir, deixando que o chão abaixo dela fosse completamente pulverizado e transformado em uma cratera. Levantei a arma negra e pulsante na direção de Seven e deixei que a energia que se formava ali fosse desferida fortemente contra ele em uma explosão forte e cegante que obrigou até a mim mesmo fechar os olhos rapidamente. Só então me dei conta que era uma espécie estranha que lembrava bastante a própria ‘bomba atômica’. Até mesmo o cogumelo tóxico havia sido feito e desaparecido, ajudando a espalhar aquele ar mortal para muitos.
Tal energia ganhava mais velocidade, calor e atrito conforme ia destruindo o próprio ar no qual tocava, criava fogo e ondulações surreais e usava aquilo para aumentar sua velocidade de maneira assustadora. Porém, aquele ataque não durou mais do que uma pequeníssima fração de segundo e fora direcionado ao lado esquerdo do peitoral do espectro. Se acertasse o alvo, haveria no mínimo 60% de chances de que a constituição de Seven reagisse negativamente àquilo. Mas também eu não excluía os 10% de chance de absorção e outros 30% de efeitos colaterais destrutivos e imprevisíveis até para mim mesmo.
O calor que se formava ao meu redor, porém, era incitado pelos raios gama que emanavam de minha arma e iam reagindo com todas as partículas ao redor, colidindo-se, gerando atrito e deturpando o ar. Tornava-o cancerígeno e perigoso, infectava a terra, tornava tudo estéril. Nem eu mesmo acreditava que poderia chegar a isso. Suspirei longamente. Sabia que era apenas um começo, eu havia feito um ataque simples, impensado, forte demais. A única coisa que o tornava realmente perigoso era a velocidade extrema e o curto tempo de atingir e trespassar o alvo, que poderia mexer com sua constituição molecular e com certeza o faria em um raio de 70km² com tudo que estivesse ao seu redor.
Porém, mantive-me distante. Nem um passo a mais, nem um recuo. Não fazia diferença, não haveria de alterar muito o resultado final. A arma em minha mão estava revolta e parecia subir por meu braço, mas nada fiz além de continuar a observá-lo atentamente.

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Lembro-me de tempos atrás. O passado duradouro, longinquo que outrora era promissor, traria-me boa ventura. Mal sabia que culminaria em tamanha desgraça e desventuras. Longe, tão longe que era impossível fitar o fim de meu caminho. As infinitas possibilidades que tratei de sufocar com a minha destra e com isso inibir qualquer tipo de tentativa de mudar a "história".
Cada caminho percorrido durante centenas de anos, não me foram fáceis e se fossem difíceis, não seriam tão diferentes. Nunca se tratou de poder.
Nunca se tratou de fama. Nunca se tratou de mesquinharia. Só se trata de uma invariável ação da natureza sobre mim.

Era lindo a demonstração de poder vinda de Lucius. Consigo fragmentar esses milessimos de centecimos de segundos, em pequenos e frageis momentos até chegar aqui. Instintivamente meus braços se afastam. As orbes cor de ônix se escondiam. Minha cabeça curva-se lentamente, a brisa gélida, reconfortava-me. Respirava fundo, sentindo o calor em meu corpo, seu ataque era incrível. Eu queria que esse ataque fosse o suficiente para me levar até junto da minha querida mãe. Mas o embate terminou. Não se ataca um espectro, quando ele já tomou noventa porcento do campo e com isso, a possibilidade de usar o ataque mais poderoso já visto. Os danos eram visiveis, não havia regeneração, o que de fato havia, era o efeito passivo da energia espectral, no corpo de Seven. toda a energia que foi utilizada no ataque, fora consumida, sendo ela redistribuída pelo corpo de seven e posteriormente convertida em energia espectral. A explosão hasteava a fumaça densa que bloquearia a visão de Lucius e também de Seven, porém, não era necessário visualizar a distancia em que estariam. A energia no campo que fora imposta no inicio dos movimentos, começava a mover-se rapidamente, avançando contra Lucius. A parte que já havia sido sobrepujada pela energia, iniciava-se o processo de absorção desse matéria, energia e efeitos impostos pelo ataque e energia de Lucius. Não importava se os efeitos cairiam sobre Seven, a energia espectral continuaria o processo. Absorvendo tudo dentro daquele raio. Na medida em que absorvia, a mesma expandia-se com mais velocidade e densidade pelo campo.
Difícil manter-me em pé... Precisava só invoca-la... O ultimo urro.

Meu corpo estava destruído. O sangue negro escorria, camuflando-se ao lúgubre do campo. Mesmo a fumaça dissipando-se vagarosamente, minha visão parecia estar embaçada. Não era pelo ataque, não poderia ser. Meus sentidos estavam sensíveis, o espcetro estava me consumindo, manter sob controle tamanha densidade de energia, combinando com os controles que viriam a partir de alguns instantes. A camada fofa de energia não existia mais, consigo a inocencia do ambiente, agora tomado pelo manto negro. Lucius tinha as palmas dos pés como base o negro infindável. Após a dissipação completa da fumaça. Lucius poderia vislumbrar o negro absoluto. A destra de Seven, convidava Lucius para o final. As cortinas se fechavam, enquanto puxava o oxigênio lentamente, inflando os pulmões, os estalos dos ossos quebrados, a face pintada de sangue, não só de sangue, a história infligia contra ele e por fim o grito ecoante do urso da tundra.

- ÔMEGA ESPECTRUM TOTAL ANNIHILATION . . .


As palavras de Seven desencadeavam a explosão imediata de toda a energia espectral dentro do raio imposto durante todo o período em que a sua extensão e
ação iniciaram. Porém, existem algumas peculiaridades desse ataque. A energia absorvida durante esse período, também é utilizada nessa explosão que é totalmente direcionada ao adversário. Lembrando que o campo também explode, quando o "gatilho", ou seja, a energia espectral resolve enfim se auto destruir.
Pensa-se que se trata de um ataque aleatório e sem foco, porém Seven, consegue por um pequeno tempo direcionar o ataque através da gravidade direcionada, conduzindo toda essa energia até o ponto foco. Lucius é como um ímã que irá receber toda essa carga de energia.
Como Lucius havia desferido um ataque de afeitos prorrogativo, também seria fonte de alimento para energia espectral, elevando ainda mais seu efeito destrutivo. Por fim, todo esse "mar" infindável de energia, ao atingir o alvo, instantaneamente a matéria do alvo, dissolve-se completamente, sendo devorada pela ação ATIVA da energia.

Qualquer ser em qualquer lugar distante ou perto, vislumbraria a destruição colossal causada pelo poder de Seven. Não conseguia observar a destruição de Lucius. Só conseguia sentir a explosão, parecia ter o som seco. Era rápido, indolor. O solo destruído, recriando um antigo abismo. Não existia mais nada. Ainda percebia o som da energia, consumindo o nada. Ainda me surpreendia com poder que tinha. O poder de consumir qualquer coisa. Qualquer Deus. Qualquer energia. Qualquer matéria. Acho que é fim. Não posso mais continuar.

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"It all becomes clear, but no one will hear my testimony"

Lindo.
Aquela era, de fato, a obra mais bela que já tive a chance de ver em toda minha vida. E, diga-se de passagem, ela havia sindo muito longa. Ainda é. E será longa até que uma pessoa seja destruída.
Jamais senti tão sincera vontade de morrer como a naquele momento. Seven era forte, Frozen era um lugar lindo. As trevas que me rodeavam eram frias e acolhedoras.Era um lugar digno para um guerreiro como eu encerrar as lutas.

Mas eu já sabia, já havia dito a mim mesmo antes mesmo de começar... Estou apenas me enganando. Não haverá alento tão cedo.
Mesmo Seven e todo seu magnífico poder... Mesmo a explosão que me deixa destruído e reduz-me a mero nada....
Ainda assim ele não findará esta minha existência amaldiçoada.
Destino deve estar rindo de mim novamente. Meu Lorde também deve estar rindo. Ambos já sabiam e aceitavam o que eu insisto em negar.
Eis que meu corpo se vai, tragado pela completa destruição do ataque alheio, sem nem poder fugir, me defender, bloquear. Nada. Eis que pareço ter morrido.

Mas ainda estou consciente. Passam-se poucos segundos e a fumaça negra que havia escapado de meu corpo, pura energia Treviana, reagrupa-se novamente recriando minha forma e retornando-me à existência.
Um poder que não me pertence de todo, o poder que eu reneguei e procurei esquecer que havia em mim.
Sou um ser sem alma, sim. Mantido vivo apenas por esse poder que não me pertence. O poder do homem que possui minha alma e que não me deixará morrer ou ser aniquilado enquanto ele estiver vivo.
E depois, eu amaldiçoo o Destino. 

Não posso derrotar a Seven, não controlo almas e não possuo os poderes do captor de minha alma. Nunca o copiei. Porém, Seven jamais será capaz de me destruir se não destruí-lo antes.
Abro um sorriso gentil conforme a negra fumaça toma novamente a forma de meu corpo, as mesmas roupas, porém agora flutuo um pouco acima do campo negro, ajudado por duas asas emplumadas que outrora não me erguiam do chão.
As plumas negras caindo com delicadeza conforme ergo-me um pouco no ar, desajeitado. A lança revoltosa havia sido destruída com o Ômega Spectrum de Seven e nada restava de meu poder em mim... Fora as asas.
Não havia motivos de chamar mais daquele poder amaldiçoado, o embate havia acabado. Eu fora consumido, porém voltara. E sorria languidamente, olhando para dentro da massa negra onde eu havia estado. Procurava Seven, mas não o via. Porém, deixei minhas palavras soarem em alto e bom tom, com a mesma educação complacente, queria que ele me ouvisse e compreendesse.

-A única maneira de destruir-me, meu caro, é destruir aquele que mantêm minha alma. Sinto muito.

Um breve riso fez-se em meus lábios, mas não baixei a guarda de modo algum. Havia em mim sempre a desconfiança inerente a esse tipo de situação, porém, não a preocupação necessária. O sorriso sumiu conforme eu voltava à consciência. E ao silêncio. Talvez houvesse necessidade de explicações, talvez não. Que haveria de importar?
Eu sempre soube. Mas preferi uma ilusão, preferi deixar ambos de nós sermos iludidos e termos um tempo para brincarmos.
Essa é a graça das ilusões. É por isso que eu sempre gostei delas... E do estrago que fazem quando são desfeitas.
Porém, minha ilusão provavelmente não traria danos a mim e nem a Seven, talvez trouxesse a ele e não a mim.
Talvez minha ousadia tenha sido desmedida e minha despreocupação ridícula. Não importa. Não importará. É o que é, não pode ser mudado. Não pode ser desfeito...
Apenas rio baixinho, nada mais tenho a fazer.

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