Um prédio está em chamas no subúrbio de Nova Iorque. Pessoas correndo para todos os lados, e o som da sirene dos bombeiros ecoando pela estrada deserta. O horizonte é tingido pelo alaranjar cálido daquele fogo, que , cada vez mais , consome a estrutura. A fumaça pairou o céu, enquanto naquela noite, podia-se ouvir o gemer de dor, das pessoas que não conseguiram escapar.
A batalha terá quatro rounds. Não terá limites de poderes. E será avaliada por um juiz. 48 horas sem postar=W.O ( A não ser , se tiver um motivo para não ter postado )
Última edição por Kurono Zaky em Qua 22 Fev - 15:47, editado 1 vez(es)
Dava para escutar o som do rasgar de pele, e mastigar de músculos, naquele lugar tão distante e deserto. A cálida brisa deformava o horizonte rubro, qual emanava um calor incessante. Os seres de pele cinza, mastigavam uma das almas que tentavam sobreviver por algumas horas, inocentes, foram corrompidas pelo famoso desejo carnal. Mal conseguiam entender o por que de estarem ali, sendo destroçadas pelos dentes imundos, daqueles esfomeados. O olhar tenebroso, lançava a insanidade sobre a presa, tal gritava, emanava seus últimos suspiros e por fim, a vida esvaía. Maculados com a essência da vida, aquelas pestes conseguiram perceber a presença, já conhecida.
No centro da dimensão, a cidade destruída recebia tal personagem. Aquele ser caminhava por entre os carros queimados, enquanto remexia suas mãos, por dentro dos bolsos. A calça criava um volume naquelas fissuras, estava a procura de algo, que finalmente encontrou. Com seus dedos envolveu um maço de cigarros, o objecto retangular foi na direção da canhota, trazida pela destra. Onde desferiu um suave golpe no fundo, retirando um daqueles finos papéis, sobrepostos ao tabaco picado. Seu dedo indicador, em conjunto com o médio, colocavam-se sobre o filtro, deixando-o entre os lábios. Separados em pouca distância, agora poderia suprir-se de seu vicio, e assim , ascender a ponta do mesmo, com um isqueiro de metal ornado em ouro, nas laterais.
Tragando-o. Inspirava a fumaça para seus pulmões. Exalando-as pela boca, em elos que se dissipavam no ar. Continuava a trilhar seu caminho , em linha reta. Queria saber o motivo de estar ali de novo, já que teria executado todos os demônios que lhes foi dado como alvo. Passando alguns minutos, a testa cintilava com o brilho do sol, reluzindo seu brilho escarlate, em gotas de suor. Escorria sobre a alva pele do moreno, que não cessava seus passos, maçante situação.
♫Crack♫
Seus ouvidos captaram o som de alguém, alguém que acabara de pisar em algum osso, jogado ali no chão. A percepção era tão aguçada, que ele conseguia saber de onde veio o barulho, de trás, evidentemente. Em um movimento brusco, jogou seu tronco para o lado, com isso os braços formavam um 'X' de fronte ao peitoral. Não sabia a procedência de tal gesto, mas decidiu se proteger, afinal, estava em Sheol. Um ser veio agressivamente, em um assalto potente. Investindo um soco contra o peitoral do protagonista, tal já estava em modo de defesa. Recebeu o impacto daquele golpe, o vulto poderoso, conseguia atirar o corpo do garoto longe.
Os cabelos negros eram atirados para frente, juntamente com as extremidades de suas vestes. O vento estava forte, indicando a grande força usada para lançar o corpo do moleque. Sem conseguir parar, vai atingindo alguns carros, cortando-os ao meio, de uma forma sobrenatural. Poderia ver no chão, a fissura aberta, dando a trilha para o caminho onde o menino foi parar. Chocou-se contra o prédio, suas costas atingiram-no em uma potência descomunal.
-Argh!
Retirava tal gemido, de sua garganta. Com a boca entre aberta, sua visão foi tornando-se turva. Respirando irregularmente, era como se seus pulmões tivessem sido persignados, com fogo. No ímpeto, seus dedos moveram-se para cima, juntamente com o corpo. Em um amedrontado tremular, Kurono despertava em uma cama. Estava em um lugar desconhecido, uma cidade nova, um lugar estranho. Levantando-se, direcionou seu corpo até a sala, onde havia um espelho e percebeu algo estranho, suas vestes eram outras. Trajava um sobretudo negro, sobreposto à camisa branca. Sua calça e bota, da mesma cor que seus cabelos pretos, davam um ar mais treviano, ao ser insano.
Os pensamentos confusos, de lembranças deformes, invadiam sua mente naquele instante.
[...]Será que ...É...[...]
Neste momento fora surpreendido pelo barulho emitido, a janela foi quebrada e os passos de alguém eram escutados. Uma fumaça negra, de olhos azuis pairava o ar, à fronte daquele moreno que enfurecido, tentava a atacar. Em um súbito gesto, a mesma se pôs a correr, desvencilhando-se da ação. Alçando voo, saia pela janela, enquanto o mestiço a seguia. Trilhavam uma perseguição insana, onde o mesmo usava a gravidade para conseguir planar, e assim executar seus rasantes. Para tal, costume de outros, o falatório e gritaria seriam inacabaveis, mas para ele, a atitude bastava, por ser um jovem calado.
Precisou apenas de alguns segundos, para observar o estado daquele lugar desconhecido. O prédio em chamas, a água das mangueiras que os bombeiros utilizavam, visando apagar o incêndio. Os gritos e pessoas voando para fora do mesmo, encontrando o chão, juntamente com a morte. Nas laterais, o fogo ainda não se alastrou e com isso aquela sombra adentrou uma das fissuras, que haviam nas paredes. A fumaça penetrava as narinas do homem, tal intensionando encontrar tal figura, pisou na superfície, coberta pela madeira. Rangia em cada passo, parecendo que iria desabar. O estalar dos móveis e outros objetos derretidos. O calor, não era nada para ele...Acostumado em locais cálidos. Não pode deixar de notar, aquela essência não estava lá, mas em seu lugar, dava para perceber, uma ainda mais forte.
- Huh?
Movimentou as pernas até o corredor, pegava fogo, pedaços do teto caiam. Mas, no fundo, perto da janela estava lá, o ser maléfico, trazendo consigo a essência devastadora. Capaz de verter as chamas, em fogo negro. A espera de seu suposto inimigo, ficava lá, com as extremidades surradas de seu sobretudo, ondulando.
A neve pura recaia sobre todo o ambiente, não fora como nos demais países, ou no caso, o a maioria destes. O vento gélido tomava totalmente conta do ambiente, pequenos flocos de neve podiam ser vistos caindo. A face alva estava calma, próxima da neve, o corpo se encontrava caído a neve, a face colada nesta e os olhos cerrados. Poderia estar dormindo o homem ali. Em sua frente um grande castelo, lembrando as eras medievais, estranhamente em ótimo estado, não mostrando sofrer pelo tempo. O moreno ergueu a face, ergueu o corpo, e assims prostou-se em pé, fronte a estrutura medieval. A mão logo foi a prpria cintura, segurando ali e visando o céu, mais parecia ver uma das torres, a qual residia o jovem, dormindo naquele quarto.'
- Vamos lá...
'O som baixo se propagou neste instante, foi somente o som da lâmina que retirada era de sua bainha, a katana fora de uma vez só desembainhada, e Hideki a apontou diretamente para sua frente, desferindo um corte contra o ar em grande velocidade, em sentido vertical. As trevas foram juntas a isto, uma pequena fenda era feita, e assim,uma passagem aberta. Teleporte, era isto que faria, mas, de modo diferente ao de sempre. Nisto o ex-arcanjo foi direto ao prédio em chamas. O que significaria aquilo? Era mais uma resposta simples, sua essência, todo seu corpo assentia e vibrava em conjunto a essências, uma em especial, o oposto a sua. Algo demoníaco, o corpo estava ao prédio em frente, visando o outro prédio com facilidade. Usando de força bruta apenas, o jovem Tatsuya saltou rumo o outro prédio, e em um segundo se encontrava ao terraço deste, esperando a localização do inimigo. em conta de sua falta de paciência, neste instante, foi adentrando o prédio, passando pela portaria queimada e destroçada, se direcionando aos corredores de cada andar, e sempre esgueirando-se dos restos que caim contra si.
A noite melancólica estava manchada com as luzes cintilantes daqueles carros, vermelho e azul, piscavam sem parar. Saíram correndo, aquelas pessoas que moravam perto do prédio, temendo as chamas que se alastravam em um vigor descomunal. Os bombeiros gritavam sem parar, chamando os seus guerreiros, afim de trazer a vida às pessoas que já não tinham nenhum resquício. Eles em uma coragem ímpar, atreveram-se à adentrar o recinto, sendo surpreendido pelas chamas negras. Como poderia ser? Nunca tinham presenciado tal força da natureza... Se fosse da natureza. O manto obscuro, a força sobrenatural, cobria-lhes no gesto treviano, levando-os à uma morte horrenda. Ecoando os gritos pelos corredores da localidade, inclusive, onde jazia a presença infernal. Seus olhos miravam o fim daquele cômodo. Reverberando as orbes escarlates, estas emanavam um sentimento ilusório. As lembranças deformes transpassavam a gigantesca dimensão , que se fazia sua mente. As imagens de um lugar desértico e rubro, tão cálido, como esta noite. Aquela aura que exalava de seu interior, formava uma bruma tão negra , quanto a fumaça que as chamas formavam. Os estalos na madeira, indicavam a movimentação de seus músculos, ele estava a caminhar. Uma mancha negra era vista cobrindo o corredor, aquela densa névoa formada dominava o restante do prédio, todas as pessoas que estavam lá fora, poderiam perceber e notar, uma força tão impactante. Formando sua dimensão ali mesmo, ninguém poderia atrapalhar sua caça, já tendo em conta, que a essência estava próxima. Era conhecida, um arcanjo, um demônio, isso ele não poderia distinguir. Chamuscava em seu interior ,uma ânsia sem igual. Finalmente, uma batalha que poderá decidir muita coisa, que poderá lhe trazer muitos benefícios, afinal, era uma graça forte. Em pouco tempo, o maléfico estava postado de pé na entrada do corredor, era onde estava localizada as escadas e demais andares. Segundo e primeiro, ele e o inimigo estavam ali. Pedaços do teto caíam. Formando um conjunto de entulhos por ali perto, quase ao lado esquerdo do moreno. Fitou a presa se esgueirando, com cautela aquele moleque caminhava pela destruição, enquanto à sua fronte, poderia ver aquele homem ostentar um sorriso tão sádico. Seus dentes serrilhados rangiam, cerrava as pálpebras afim de concentrar-se. Não demorou muito, para que aquela sombra cobrisse todo o exterior do prédio.
Agora, ninguém seria capaz de interromper a vindoura batalha, iriam trava-la ali mesmo, na calamidade. Mesmo antes de seu oponente alcançar o lugar, Kurono já havia pensando em vários meios de mata-lo, sim, era um jovem muito esperto. A brincadeira seria iniciada, e com a finalização de sua concentração, pôde libertar um pouco de seu poder das trevas. Um fio avermelhado germinava em sua barriga, alcançando o pescoço e assim chegando em ambos os braços, após tanto cintilar, apagava-se.
[...]Incorporationem Tenebrarum[...]
Entoou a voz em sua mente. Hideki não seria capaz de fazê-lo falar, poucos conseguiram tal feitio, e com isso, ele apenas pensava para invocar sua técnica. Lançava uma pequena camada sombria das pontas dos dedos. A mesma era direcionada para os demais andares, onde estavam os corpos das pessoas mortas. Aquela camada entrou pelos demais orifícios, ouvidos e narinas e boca. Os olhos das efígies foram abertos, no ímpeto se levantaram em uma dor tremenda, a força treviana estava invadindo seu organismo, revestindo-os com carne nova. Não tinham braços e nem pernas, no lugar desses membros, existiam lâminas extremamente afiadas. O líquido escarlate cai no chão, em pingos. Suas bocas e olhos eram costurados, para que pudessem seguir apenas a essência de seu mestre e inimigo. Zaky verteu os mortos em seres horrendo, os demonios mais ágeis e medonhos. A cabeça era alvo dos pregos que emergiam de dentro, mostrando o quão grotescos eram aqueles seres.A superfície da qual pisavam, era recoberta pelas sombras. Ressoava o arrastar de espadas no chão, o fúnebre caminhar daqueles pútridos. Estes eclodem do chão, submergindo , em busca de sangue. Somados em vinte, Hideki poderia estar em maus lençóis agora, levando em conta que aqueles bichos são rápidos. Recebendo sua aura, neste instante iam atrás do seu alvo, em um súbito gesto, um par foi rumo ao outro. Visavam sublevar as lâminas em um gesto brusco, tentando cortar-lhe ao meio, enquanto três vinham por cima (levando em conta sua velocidade). No teto, esses tinham a intenção de pular como um míssil e assim, fincar as lâminas no peito do arcanjo, podendo atingir o ponto fraco de todo ser celestial. Era assim que pensavam, enquanto o restante, continuava de pé, assistindo a obra de seus irmãos. Kurono estava em um canto, emanando sua imponente força, perante ao mero caído.